sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

De bom, o que resta...pra você mesmo.

Bom mesmo é viver pra fora!
Há quem diga que teremos uma nova chance. Há quem acredite que a oportunidade é essa. Entre o certo e o incerto de tantos achismos, e crenças, prefiro não colocar em cheque a possibilidade de acontecer aqui e agora. Não quero estar sem azeite o suficiente pra manter a minha lâmpada acesa enquanto eu tiver medo do escuro. Ou até que eu esteja num lugar seguro o suficiente pra não sentir mais medo dos bois-da-cara-preta. Porque até você tem, assuma.
Vamos, me dê logo a tua mão e levante-se. Limpe os joelhos e a
bunda, tenha a dignidade de um homem, senão comigo, pelo menos com o resto de pessoas importantes da sua vida. Fortaleça esses teus joelhos cansados. Tire essas máscaras que a vida te fez sentir obrigado (ou não) a usar, esboce um sorriso bonito e vamos à luta.

Ainda vale a pena

Uma dose de sorte, e tantas outras de mentira.


Não quero te confessar que morro ao te ver, assim: longe. também não quero dizer que por vezes tentei dizer que ao meu lado você seria a pessoa mais feliz do universo! Essa sempre foi a minha missão e você sempre teve tanta certeza disso quanto eu, lá nos lugares mais profundos e recriminados por você e em você mesmo. Os meus passos eu dei, um a um, mas você temeu cair no rio, não confiou na firmeza da ponte que eu construí pra você. Talvez, meu bem, tenhamos sido surpreendidos com a felicidade de encontrar o amor em corpos errados.

Pra não lembrar e nem esquecer.


Eu sei que você vive das mentiras que eu acreditei, mas não quero olhar para trás, lá na frente, e descobrir quilômetros de terreno baldio que eu não soube cultivar. Calhamaços de páginas em branco à espera de uma história que se parecesse comigo. Não quero perceber que, embora desejasse grande, amei pequeno.

Sozinha




Mas seus olhos não mentem o cansaço da espera e a tristeza de estar solta, e você fica feia. É ter a sensação de que ninguém te olha, pelo menos não como você gostaria de ser olhada. Estar sozinha é estar solta e, no entanto, é estar amarrada ao chão porque nada te faz flutuar, sonhar, devagar. Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um. E você torce para que aconteça com aquele homem que você gostaria de experimentar como uma pílula para a sua solidão. Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido. E o sentido dela dói demais. Estar sozinho é ter uma risada nervosa, de quem segura um grito e um choro enquanto ri. Um riso falso para se convencer de que é possível ficar sozinho sem ficar deprimido. É conferir a caixa de e-mails com uma frequência que beira a compulsão. É chorar do nada. É acordar do nada