domingo, 14 de junho de 2009

Carta ao homem errado

'Eu tive certeza. Desde aquele meio sorriso torto, puxado pro canto da boca, eu tive certeza de que você seria meu fim. Eu queria muito estar errada e achar que era fruto dessa minha mania de gostar do que é esquisito. Torci para você ser alienado, superficial , daquele tipinho que vive em baladas e cujas programações são típicas de alcoólatras de 20 anos de idade. Desse jeito, seria mais fácil. Não sentiria tanto a sua falta quando você resolve sumir por dias, e nem ficaria tão feliz quando você me procura depois dizendo estar com saudades. Não me sentiria uma completa idiota quando você me irrita e depois vem com palavrinhas doces e infantis. Não ficaria horas imaginando o que se passa na sua cabeça quando você me olha sério por minutos e não diz uma palavra. Nem passaria um segundo sequer olhando você dormir, sem me mexer para não perturbar seu sono. Muito menos demoraria tanto num abraço quanto nos que dou em você, com vontade de não largar nunca mais. Não perderia esse meu jeito sério com tanta facilidade, ficando desconcertada, só por estar ao seu lado. Mas, principalmente, não teria tanta raiva quando você tem seus ataques de grosserias fora de hora, sem motivo e sem pedir desculpas, me ignorando e deixando meu coração apertadinho de angústia e saudade. Da próxima vez, não sorria para mim.'

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