quinta-feira, 13 de março de 2008

E eu dizia.


Às vezes eu paro na janela, acendo um cigarro e penso em como a vida poderia ser melhor se você morasse aqui. É, assim, simples assim. Verdade, já pensei nisso muitas outras vezes com muitas outras variáveis, mas com você - só com você - fica um gosto amargo na boca e o cigarro acaba mais rápido do que deveria. Não importa o quanto o dia esteja bonito, fico triste. Sempre concluo que o destino gosta de aprontar as suas, mas, mesmo assim, não me entrego. Nos conhecermos foi só o primeiro de muitos passos e a cada abraço, a cada risada em piadas que só nós entendemos, a cada despedida, essa coisa estranha que chegou sem avisar se fortalece mais e mais. Gosto de você e, sinceramente, não é porque conversamos 4hs todo dia, nem porque somos filhosdaputa, nem porque você já me enrolou durante 1 mês, nem porque sei seus segredos, acho que é muito mais simples que tudo isso, é tipo sarcástico que nem a gente, é tipo beijo, outro, tchau. Estarei sempre aqui, nem que seja praquela rapidinha.Precisava dizer antes que meu ônibus partisse que você cresceu de uma maneira inexplicável, em mim, assim como uma rosa em meio ao matagal. Eu a peguei, e cuidei, esperando ser uma pequena flor, uma simples rosa. E não algo a fixar meus olhos, como se não existisse mais nada, ninguém, problemas, distância.Bem, meu ônibus se foi e eu parti.Mas eu volto, e isso já basta.

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