sexta-feira, 11 de abril de 2008

Minhas marcas


Eu tenho marcas sim, não escondo, sou de carne e osso. Sou feita de pó, mesmo. Tem maquiagem, sim. Não é máscara não, nem segredo, nem esconderijo, nem fuga, é condição. Surpresa, mistério, beleza da contradição. Marcas, minhas. Coisas que o tempo fez, cicatrizes que a vida fez, que eu mesma fiz, e que me fizeram, eu deixei que fizessem. Moldei-me, hoje elas me fazem melhor. Foi o preço que paguei, tive que pagar. E gosto disso, talvez. Faz-me tão mais forte! Que não abro mão disso, sobretudo de mim.
Ah, mas não se assuste com isso, amor, por favor.
É tudo tão frágil, pode desmoronar com um sopro.
Meiguice também acaba, é de açúcar. Mas continua doce, veja só. Veja bem, meu bem, mesmo que isso não sare, melhora.

"Meu caminho nesse mundo, eu sei vai ter um brilho incerto e louco dos que nunca perdem pouco, nunca levam pouco, mas se um dia eu me der bem vai ser sem jogo"

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