segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Diga não aos covardes


Intenções soltas e desejos desconexos. Esse mistério todo é uma violência contra a minha inteligência. Sejamos diretos para não sermos idiotas: eu te quero. Você me quer? Não sabe? Ah, então vá pra puta que te pariu (e vá ser vago na casa da sua mãe porque embaixo da sua manga eu não fico mais!). Seja inteligente, faça jus à espécie, seja Sapiens. Perceba o sinal verde, ultrapasse. Eu não sou morna e, se você não quiser se queimar, morra na temperatura do vômito. E bem longe de mim. Eu ainda quero muito. Quero as três da manhã de um sábado e não as sete da tarde de uma quarta. Vamos viver uma história de verdade ou vou ter que te mandar pastar com outras vaquinhas? A sorte é sua de ser amado por mim e eu quero agora, ontem, semana passada. Amanhã não sei mais das minhas prioridades: posso querer dormir com pijama de criança até meio-dia, pagar 500 reais numa saia amarela, comer bicho-de-pé no Amor aos Pedaços ou quem sabe dar para o seu chefe em cima da mesa dele. É assim que vivo, masturbando minha mente de sonhos para tentar sugar alguma realização. É assim que vivo: me fodendo. Calma, raciocínio e estratégia são dons de amor que pára para racionalizar. Amor que é amor não pára, não tem intervalo, atropela. Não caio na mesma vala de quem empurra a vida porque ela me empurra. Ela faz com que eu me jogue em cima de você, nem que seja para te espantar. Melhor te ver correndo pra longe do que empacado em minha vida.

Um comentário:

AugustoMaio disse...

É sempre um gosto,mas desta vez o texto parece-me especial e tem o toque do feminino, entre o castigador e o sublime. Interessante, lê-se nas palavras mas muito no sentido. Muito bem escrito. Como dizia, confirmei: é sempre um gosto passar por aqui.