E o dia está raiando...
Lá onde o sol brilha, os passarinhos cantam e embalam o dia.
Do outro lado, pessoas cansadas despertam suas rotinas através das buzinas, das máquinas, do cinza.
Eu amanheci na certeza de meus pensamentos, perdida em meio a tanto concreto, a tanto barulho, a tanta falta de SER. Saí buscando um tiquinho de mato; em cheirinho de terra, uma poesia pra acalmar. Saí por ai... MATUTANDO.
Eis que vejo, além do ponto egoísta abaixo do nariz, gente iluminada que também buscava e além do mais, oferecia: poesia, barro, flor, arte, amor.
E saímos por aí... Matutando.
Matutando pra comer, matutando pra vencer. Gente que pensa, que faz acontecer...
Que matuta... Pra viver!
Gente que cheira flor só por dançar, por cantar. Sorrir.
Eu matuto, Tu matutas, Ele matuta, Nós matutamos, Vós Matutais, Eles Matutam.
Saberás o que ‘Matutar’ vem te dizer, só se sentir e que se deixar tocar.
A gramática é vaga. Classificações morfossintáticas, meu bem, serão em vão.
Jogue pra cima o dicionário e entenda que a arte não é matemática: não é lógica nem previsível.
Feche o os olhos e a sinta. Matute com a gente. Não importa o que isso signifique pra você. Venha pra cá e sinta!
Toque no barro, ande descalço, mergulhe naquela cachoeira. Suba no alto daquela montanha logo ali e... Dance! Cante! Recite pra mim...
Só não se esqueça: Tu não serás, se não matutar.
Matutando meu corpo diz: ‘Eu sou mais feliz, assim’...
Simplicidade, Matuta.
Dedicando com muito amor ao nosso novo projeto de Arte: Trupe matutando.
Vontade!
'Eu lembro da moça bonita da praia de Boa Viagem, a moça do meio da tarde de um domingo azul...'
quinta-feira, 31 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Metal na Pedra
Habitantes da nova Babel
Onde moram pássaros
Com asas de aço e papel.
E um canto encerrado
Um canto em pedaços...
Quem vai sair?
Que quer sair ?
Que vem ai ?
Habitantes da nova Babel
Aprendendo a plantar
Árvores nas pedras
Sorrisos e flores
Em vasos de argila
Suspiro de amor na boca das janelas
Quem vai sair?
Que quer sair ?
Que vem ai ?
Habitantes da nova Babel
Aprendendo a plantar
Metal na pedra
E um canto escondido que vem do fundo do mar
Um grito na selva guarda um canto de amar
Quem vai sair?
Que quer sair ?
Que vem ai ?
Milhões de janelas que cantam que gritam
Que imitam estrelas
Habitantes da nova Babel
Onde moram pássaros com asas de aço e papel.
Onde moram pássaros
Com asas de aço e papel.
E um canto encerrado
Um canto em pedaços...
Quem vai sair?
Que quer sair ?
Que vem ai ?
Habitantes da nova Babel
Aprendendo a plantar
Árvores nas pedras
Sorrisos e flores
Em vasos de argila
Suspiro de amor na boca das janelas
Quem vai sair?
Que quer sair ?
Que vem ai ?
Habitantes da nova Babel
Aprendendo a plantar
Metal na pedra
E um canto escondido que vem do fundo do mar
Um grito na selva guarda um canto de amar
Quem vai sair?
Que quer sair ?
Que vem ai ?
Milhões de janelas que cantam que gritam
Que imitam estrelas
Habitantes da nova Babel
Onde moram pássaros com asas de aço e papel.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Olhando de outro jeito.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Conversas no Porão...
...Terminam na cama.
Um ponto final e muitas outras reticências
Eu sei, nada disso acabou.
"Eu lembro da moça bonita da praia de Boa Viagem, a moça do meio da tarde de um domingo azul..."
Um ponto final e muitas outras reticências
Eu sei, nada disso acabou.
"Eu lembro da moça bonita da praia de Boa Viagem, a moça do meio da tarde de um domingo azul..."
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Puxa a mala lá de cima. Outra vez!
Eu andava tentando me preencher daquilo que só traz mais vazio. Abastecendo-me do que desde o princípio eu sabia não fazer diferença nenhuma. Tudo porque me deixei convencer que era melhor um pássaro na mão do que dois voando. E por algum tempo eu fui me desvencilhando da carapuça de sonhadora. Deixando para trás o par de tênis surrado da cinderela, as meias coloridas da Alice e as tranças cheias de pontas duplas da Rapunzel. E pra quê? Pra rasgar uma identidade, adequar-se a mulher do novo milênio... Eu hoje, talvez só nesse exato meio-dia, estou me lixando para os avais que não recebi! Lixando-me para todas essas malditas convenções que me mandam ser mais eu, ter mais amor próprio! Aqui é tanto amor que tem pra próprio, pra próximo, semelhante, inimigo, alheio e pra uma micareta toda. Desculpem-me os que não conseguem ver beleza na guerra, mas eu prefiro tentar voar ao lado dos pássaros que estão no ar. Que me desafiam! Antes mesmo de começar a deletar tais mãos e bocas, eu vou marcando o terreno do que nutre. Destrói também; mas eu já disse que sinto o prazer na luta. Eu gosto dessas marcas e cicatrizes que provam que eu vivi. E ninguém um dia poderá decifrar a minha próxima atitude. Trabalho em favor do meu coração. Desse inefável coração! Que incessantemente implora calor. Que pediu para que eu jamais me conformasse com simples trocas de favores. Com amizade, simpatia e comodidade. Ele precisa de paixão para bombear todo o resto. E eu tô fazendo o que for preciso pelo frio na barriga. Puxa a mala lá de cima. Outra vez.
[Amanheci mais que feliz: Renovada]
domingo, 13 de julho de 2008
Diário 13/7
Cansei desse meio-termo, sabe? Por tantas vezes quis e fiz, me enjoei, abri mão... E creio que hoje, me acomodei, ou por covardia, fingia que nada acontecia. E neste exato momento estou tentando realmente saber o que é melhor pra mim, o que é melhor pra nós. No entanto, o vazio, o medo de perder, a vontade de não ter... Me cegam!
Confesso que sempre achei você a melhor companhia naquelas noites frias. Sua voz e seu calor eram como refúgio, me acalmavam. Confesso que sempre achei você a melhor companhia da minha carência momentânea, da minha falta de lazer, da minha falta de paixão, quando tudo aquilo que eu precisava eram dos SEUS beijos. De sexo.
E confesso mais uma vez, que quando quis ser correspondida, você não teve a atitude digna de um homem, a qual eu esperava. É sim, agi como uma criança que perdeu seu melhor brinquedo. Brinquedo. Tai a palavra certa que me ajudou a classificar você em minha vida. Eu não queria o seu amor, a sua atenção. Eu queria você para a MINHA atenção. Posse.
As decepções criaram um poço de AMADURECIMENTO. Eu me ajudei, e sem querer, te ajudei também. Soubemos lidar melhor com as estranhas vontades que possuíamos um com relação ao outro. Moldei-me com mais segurança na hora de enfrentar você. Muita coisa mudou em mim, e pouca coisa mudou em nós.
Sinceramente, eu não o desejo como futuro. Minhas idéias não cabem nas suas. Estamos seguindo ideais de vida e emoções muito diferentes. Eu o quero feliz, muito feliz. Mas você sendo você e não fazendo parte de mim. Afinal, sei bem o que quero, e vou até o fim para conquistar. Ao certo, você saiu da minha listinha de desejos... O que me intriga, o que me tira o sono é saber onde encontrar esse outro alguém que tanto idealizo em minha vida e dizer um ‘BASTA’ definitivo a você.
Confesso que sempre achei você a melhor companhia naquelas noites frias. Sua voz e seu calor eram como refúgio, me acalmavam. Confesso que sempre achei você a melhor companhia da minha carência momentânea, da minha falta de lazer, da minha falta de paixão, quando tudo aquilo que eu precisava eram dos SEUS beijos. De sexo.
E confesso mais uma vez, que quando quis ser correspondida, você não teve a atitude digna de um homem, a qual eu esperava. É sim, agi como uma criança que perdeu seu melhor brinquedo. Brinquedo. Tai a palavra certa que me ajudou a classificar você em minha vida. Eu não queria o seu amor, a sua atenção. Eu queria você para a MINHA atenção. Posse.
As decepções criaram um poço de AMADURECIMENTO. Eu me ajudei, e sem querer, te ajudei também. Soubemos lidar melhor com as estranhas vontades que possuíamos um com relação ao outro. Moldei-me com mais segurança na hora de enfrentar você. Muita coisa mudou em mim, e pouca coisa mudou em nós.
Sinceramente, eu não o desejo como futuro. Minhas idéias não cabem nas suas. Estamos seguindo ideais de vida e emoções muito diferentes. Eu o quero feliz, muito feliz. Mas você sendo você e não fazendo parte de mim. Afinal, sei bem o que quero, e vou até o fim para conquistar. Ao certo, você saiu da minha listinha de desejos... O que me intriga, o que me tira o sono é saber onde encontrar esse outro alguém que tanto idealizo em minha vida e dizer um ‘BASTA’ definitivo a você.
Sei que você não merecia esse texto. Mas não há nada melhor do que um texto para definir um ponto e final e começar uma nova etapa!
Sem mais por hoje.
P.S Milena, se ler esse post, vou querer um dos seus conselhos!
Sem mais por hoje.
P.S Milena, se ler esse post, vou querer um dos seus conselhos!
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Eu, aqui, comigo... Pensando.
Sempre achei a alegria coisa muito mais séria do que a tristeza. Minha mãe já disse que se mata um tigre a cada dia pela alegria, ou pela felicidade. Então, quando alguém me sorri, eu me pergunto o que aquele sorriso lhe custou de dor, de coragem, se foi demorado, se caiu e se quebrou, se é sorriso que alguém viu, ou que se perdeu. Eu me pergunto o quanto lhe custou de solidão, de não haver ninguém que lhe toque a testa para dizer: -'pode chorar, chora, chora, chora'. Ou se o sorriso é fruta apanhada na hora, a mais doce, que dá formiga, se é de presente, de sal, se é sorriso que alguém mereça, ou é só uma forma de represar o choro e ficar simples, simples como um menino com sua bola, muito antes de ser jogado às feras. Quando alguém me sorri, eu me pergunto se seu tigre de cada dia já passou, ou se ainda virá.
À esquerda do peito, batendo.
À esquerda do peito, batendo.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Magia
Só agora eu entendo o porquê de os circos estarem sempre mudando de lugar...Chega um dia que os palhaços já não conseguem arrancar mais risos de uma mesma platéia,como fazia inicialmente; que o trapezista já não causa espanto com suas façanhas e o mágico não mais surpreende com seus velhos truques, pois todos eles são descobertos com o passar do tempo.
Chega um dia que a alegria da novidade de outrora se transforma no cansaço da velha história repetidas tantas e tantas vezes, e neste dia é hora de partir e buscar outro público...Talvez por isto que seja tão fácil conquistar alguém e tão difícil permanecer juntos e "felizes para sempre..."
E esta é uma das grandes diferenças entre ficção e realidade.A gente não sabe como a história começa, mas sabe que no fim, vive-se feliz para sempre...Na vida real começa sempre do mesmo jeito, a mesma alegria entusiasmada da novidade,o mesmo olhar espantado com as façanhas do amado; a mesma surpresa diante dos truques da conquista, mas no final, cada história tem um final diferente.Se vão ser "felizes para sempre" ou não dependerá de conseguirem ficar muito tempo no mesmo lugar! Criando a cada dia, não novos truques, mas MAGIA....
Chega um dia que a alegria da novidade de outrora se transforma no cansaço da velha história repetidas tantas e tantas vezes, e neste dia é hora de partir e buscar outro público...Talvez por isto que seja tão fácil conquistar alguém e tão difícil permanecer juntos e "felizes para sempre..."
E esta é uma das grandes diferenças entre ficção e realidade.A gente não sabe como a história começa, mas sabe que no fim, vive-se feliz para sempre...Na vida real começa sempre do mesmo jeito, a mesma alegria entusiasmada da novidade,o mesmo olhar espantado com as façanhas do amado; a mesma surpresa diante dos truques da conquista, mas no final, cada história tem um final diferente.Se vão ser "felizes para sempre" ou não dependerá de conseguirem ficar muito tempo no mesmo lugar! Criando a cada dia, não novos truques, mas MAGIA....
terça-feira, 1 de julho de 2008
'Tu vens...
[Nota do Passado]: Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe. Portanto: Não me arrependo!
Para mim, passado limpo. Espero agora o desabrochar da minha flor. E você primavera, quando virá, hein? Eu penso penso, imagino, sonho acordada com você. O melhor disso tudo: eu sei que tu vens. Terei que esperar, sei. Já aprendi muita coisa, menos esperar. Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica ,psicanálise, drogas, acupuntura, suicídio, ioga, dança, natação, Cooper, astrologia, patins, marxismo, candomblé, boate gay ecologia, sobrou só esse ansêio. [Nota do Futuro]Agora o que faço?
Recadinho na geladeira
Não preciso gritar ao mundo que sou capaz. Se eu já sei, então me basta. Anunciar meus planos, sonhos e desejos... De quê me adiantará? O meu agir vale mais que mil palavras. Acabou.
Também não quero me mostrar um poço de fortaleza. Determinação e coragem não são sinônimos de insensibilidade. Meu bem, meu peito ferve de sentimentos! Então, para aqueles que me julgam , ofereço meu silêncio. Mas não por não ter nada a dizer, e sim, por não ter tempo a perder. Obrigada!
Também não quero me mostrar um poço de fortaleza. Determinação e coragem não são sinônimos de insensibilidade. Meu bem, meu peito ferve de sentimentos! Então, para aqueles que me julgam , ofereço meu silêncio. Mas não por não ter nada a dizer, e sim, por não ter tempo a perder. Obrigada!
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