quinta-feira, 10 de julho de 2008

Eu, aqui, comigo... Pensando.


Sempre achei a alegria coisa muito mais séria do que a tristeza. Minha mãe já disse que se mata um tigre a cada dia pela alegria, ou pela felicidade. Então, quando alguém me sorri, eu me pergunto o que aquele sorriso lhe custou de dor, de coragem, se foi demorado, se caiu e se quebrou, se é sorriso que alguém viu, ou que se perdeu. Eu me pergunto o quanto lhe custou de solidão, de não haver ninguém que lhe toque a testa para dizer: -'pode chorar, chora, chora, chora'. Ou se o sorriso é fruta apanhada na hora, a mais doce, que dá formiga, se é de presente, de sal, se é sorriso que alguém mereça, ou é só uma forma de represar o choro e ficar simples, simples como um menino com sua bola, muito antes de ser jogado às feras. Quando alguém me sorri, eu me pergunto se seu tigre de cada dia já passou, ou se ainda virá.
À esquerda do peito, batendo.

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