quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O que não cala



Me vejo abrindo janelas e portas
escalando os muros que se colocavam
no meio do caminho.
Acho que a vida ter que ser assim, pertubadora
com picos elevados de incomodação.
Amar, ou odiar?
não importa..
desde que a vida seja, saborosa.
Quero morder a vida,
e por ela...
ser despedaçada.
Termino com Florbela Espanca,
verso esse, que nesse momento seria o meu clamor.
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada