quinta-feira, 7 de maio de 2009

Quase lá.

Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente.
Ontem ri tanto no bar, tanto que fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, que o machuca, por mais que não importa, dói.
Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém lembra que estou me deixando enganar. De novo.
Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente me visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa, mas quase passa todos os dias.
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, fora do lugar, que já não incomoda mais.
E, o que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.

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