'Eu lembro da moça bonita da praia de Boa Viagem, a moça do meio da tarde de um domingo azul...'
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
(?)
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Fechada para balanço
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Tudo novo de novo
você chega mais perto
e me abraça forte.
Conta até três.
O resto do mundo, surdo,
deixa lá fora.
Fecha a porta.
[e se fecham os teus olhos nos meus desejos]
Aqui só entram a cor
e o orvalho da manhã,
em doces enlaces de
nós dois.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Certa de mim
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Avante
O despertar me reserva imensas alegrias!
Inércia
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
'acabou-se o que era doce
Então, se preferir continuar assim, tudo bem.
No entanto, se lhe servir de consolo, olha aqui pra mim. Coração na mão, peito aberto.
Eu não lhe peço mais nada. Já implorei tanto em silêncio.
Quero estar em paz comigo, contigo e com essa coisa louca que é você dentro de mim.
Um basta? Um fim? Um decreto?
Uma verdade: Já não somos mais.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
A um ausente
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 20 de setembro de 2009
quieta
Deixe-me sozinha. Já não basta o mal que me fez?
A omissão machuca mais que a mentira.
a dor de não ter dado certo...
sábado, 12 de setembro de 2009
meu
então a gente vai fugir pro mar,
eu vou pedir pra namorar,
você vai me dizer que vai pensar,
mas no fim vai deixar.
Talvez não seja nessa vida ainda,
mas você ainda vai ser a minha vida,
sem ter mais mentiras pra me ver,
sem amor antigo pra esquecer,
sem os teus amigos pra esconder,
pode crer que tudo vai dar certo."
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Tua
Engraçado como isso era improvável. Mas aconteceu.
E agora já sou um pouco sua. Só um pouco. Mas sou.
Não há nada que eu possa fazer para evitar.
E nem quero evitar.
Não é como um arrebatamento. Não é um tsunami.
É uma ressaca de fim de tarde. Aquela onda gostosa que chega devagar e vai tomando espaço na areia.
Vamos ver até onde ela vai...
"O problema é que eu te amo.
Não tenho dúvidas que com você daria certo.
Juntos faríamos tantos planos,
Com você o MEU mundo ficaria completo.
O problema é que eu te amo.
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto.
Juntos viveríamos por mil anos porque o NOSSO mundo estaria completo."
Nando Reis
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Jarras de conformismo
outro? Será inteligente apostar tanto de novo?
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
O que eu não consegui te falar, escrevo por aqui:
o amor que eu sinto ainda existe, ainda dói, dói bonito.
Valeu à pena me doar.
Amar é assim mesmo: entregar de bandeja até o que não se tem. E correr o risco de receber nada em troca.
"tão bom morrer de amor e continuar vivendo"
domingo, 23 de agosto de 2009
'não me atire no mar de solidão...
Quando a vida oportuna, e nós nos perdemos.
Nos perdemos em nós. Nos nós tão mal desatados.
Nos sentimentos tão mal cuidados.
E nas chances que deixamos passar.
"N"
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
O que será de nós?
E parece que tudo tá tão mais difícil...
O mundo assegura os motivos para não estarmos juntos. E por que eu insisto?
Nesse tão nosso universo de diferenças, é difícil encontrar razões para tentar.
Mas em você, encontro mil e uma coisas que te prendam a mim. Encontro os melhores momentos para me ver sorrir, sim, antes de dormir... Encontro razão em ficar o dia todo em casa, só pra poder te falar (subjetivamente) que eu te quero tanto, que eu te gosto tanto.
Porra! Só você não vê?
Sabe eu não queria te magoar por atos passados, mas não dá pra fingir ou apagar quem eu fui. É assim e acabou.
Você me ama pelo o que sou?
Eu te amo por tudo de errado que você é, te amo pelas suas faltas, pelas suas mentiras e muito mais pelo seu sorriso. Ainda reluto pra afirmar a mim mesma, todos os dias, que vale a pena.
Mas será?
A cada hora você me prova o contrário. E sinceramente, eu tô desistindo.
Não faça perder a cabeça , ou melhor, a vontade porque a razão já perdi há muito tempo... Então não me deixe desistir de você.
"...quando o próprio amor vacila"
P.S: Ah, obrigada pela música. Consegui só ver hoje à noite. Se chover, será que a gente se entende?
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Bom Dia!
Gonzaguinha
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Erva Rasteira
Nasce, cresce, morre bem embaixo
Mas o homem que é homem de valor
Jamais se propõe a ser capacho
É covarde aquele que, caído
Não tenta jamais se levantar
Sente-se a tantos pés e ferido
Em lamentos se deixa acomodar
Se um dia ele tenta abrir a boca
Se vê sem direito de falar
Seu destino é viver bem rente ao chão
Até que ele venha lhe tragar
Erva rasteira, erva rasteira.
Erva rasteira é que pode ser pisada
Mas descuide e ela paga com espinho
O homem que é homem de valor
Se levanta e conquista seu caminho."
(Luis Gonzaga)
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Eu não devia ter que pedir
domingo, 28 de junho de 2009
Telefone Mudo
Em meio a um carrocel de mentiras preferi dar a cara pra bater.
É, vida marejada, nó apertado na garganta das coisas, chega finalmente o momento em que desejo apenas o sossego que costuma vir com a aceitação. Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É permitir que voe sem que me leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais.
terça-feira, 23 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Não acredita em deus e diz que se arrepende do que não fez
Qualquer vagabundo condenado é mais decente do que você
Pega os recados no celular
Respira fundo e vai trabalhar
Não sabe se quer
Não sabe o que é bom ou ruim
Não sabe sequer
O que você planta no seu jardim(...)"
Carta ao homem errado
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Eu te amo (Tom Jobim)
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir?'(...)
segunda-feira, 8 de junho de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
LISBON REVISITED (1923)
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço.
Quero ser sozinho. Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz!
Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
(Álvaro de Campos)
domingo, 24 de maio de 2009
Favores
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Vai ficar ai parado?
domingo, 10 de maio de 2009
O excesso da falta
Daqui vejo milhares de pessoas e boas intenções e motivos pra ser feliz. Mas onde eu estou? Adivinhe? Estou em casa, sozinha, como se não houvesse nada. Como se tudo isso fosse cruel justamente por ser bom. O bom acaba. Mas isso aqui, o refúgio da ansiedade e da alegria, essas duas coisas do demônio, isso aqui é verdadeiro e é daqui que estou, na verdade, no meio de todas essas pessoas boas e os motivos pra ser feliz. É só daqui. Então, quero ir embora. Ir embora pra chegar logo. Porque enquanto estou é insuportável, mas depois, quieta, deitada, o mundo inteiro se encaixa aos poucos até eu pegar no sono e sentir a matéria de estar viva. Não evaporo mais pois estou me apertando até ficar quieta nessa caixinha minúscula que trago tão bem guardada apesar do desespero em ser aberta. É sempre na falta que vivo. É sempre em cima da altura que não tenho que olho o mundo. E das coisas que eu não sei que falo melhor. E dos sentimentos que eu não poderia sentir que me abasteço pra ser alguma coisa além do que me faz mais uma. E da incapacidade de ser mais uma que me agarro, pra poder participar de algo e esquecer como é maluco tudo isso. É na alegria extremada que sinto o tamanho do sofrimento que posso aturar. É a loucura que sai antes quando preciso rapidamente ser normal. É porrada que dou quando a mão vai rápida para um carinho urgente. É de onde não se pode estar que tenho saudades. É para o lugar do qual fugi que vou quando corro. É no lugar insuportável que fico quando descanso de algo que não aguentei. É na falta que vivo. O tempo todo sendo a mulher pra você que nem você quer. O tempo todo sendo a mulher que você não vê mais e só por isso, agora, te vejo o tempo todo. É te gostando tão infinitamente que me liberto de gostar pelo menos um pouco de você. Quando preciso de açúcar sinto ânsia só de ver doce. E na hora de ir embora, ganho o viço e a frescura de algo novo. Não lido bem com a fome, pois ela me sacia, me enche, de algo que me faz além do bicho. É do meu auge que 'k'aio feio. Na paz de fechar um arquivo que volto a pensar na página em branco e em tudo que não sou capaz. No fundo do gostosinho da alma mora o que dispara meu incômodo mais terrível. Quando tento ser homem, meu Deus, sou mais garota do que aquelas colegiais cheirando a floral com bola de basquete. Você reclamava que eu não dizia seu nome e isso era só porque eu o estava dizendo o tempo todo. Meu cérebro martelava o som das suas referências e imprimia tanto você que eu precisava falar de mim daquele jeito pra tentar existir além do que eu me tornava. Você era tudo quando reclamava que eu andava estranha ao telefone, sem dar importância. Quando eu não parecia te ouvir, eu estava ouvindo suas milhares de vozes e tentando dar conta de gostar de tanta gente diferente que era gostar de você. Mas agora, assim, dizendo "João", eu consigo continuar. Mas não uso a palavra anular porque seria dar rabisco aberto para as asas que não quero desenhar. O tempo todo o abismo gigantesco quanto mais desço. O tempo todo a calma mais incrível nos momentos de real desespero. E o pânico do que é simples de resolver. E se não tem ninguém pra chegar é aí que verdadeiramente espero. E se não tem ninguém pra me tocar, sinto tesão em encostar no ar. Você não está e me olha como nunca. Você merecia ser amado assim, do jeito que acaba pra começar. Uma covardia só pra quem aguenta firme (lembra?). Sempre no oco me preencho tanto que explodo. É no nada que está tudo aqui. E quando me perguntam de onde vem essa pressa, esse desespero, essa corrida, o sopro no coração, essa ânsia, a força, essa agressividade. De onde vem? Eu digo que vem de uma preguiça enorme. E tantas artimanhas e rezas bravas para permanecer? É só o mais completo desejo em acabar logo com tudo isso. Que tanto eu quero porque estou sempre pedindo socorro? Nada. E principalmente: nunca. E morrer de novo como faço todas as vezes que me sinto viva demais. E vai começar tudo de novo só porque acabou. Ponto final é tanta continuação que vira três pontos finais. Eu não aguento mais e nem toquei na vida ainda. Consigo ser vista de verdade só quando as pernas e todo o resto que me move imploram para eu desaparecer.
A gota d'água
sábado, 9 de maio de 2009
O que foi de ontem
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Quase lá.
Ontem ri tanto no bar, tanto que fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, que o machuca, por mais que não importa, dói.
Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém lembra que estou me deixando enganar. De novo.
Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente me visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa, mas quase passa todos os dias.
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, fora do lugar, que já não incomoda mais.
E, o que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
(In)Direta
Opa!
terça-feira, 5 de maio de 2009
Os opostos se distraem?
Diferenças, às vezes, podem ser deliciosas. Duas pessoas discutindo não quer dizer que se odeiam. Duas pessoas felizes não quer dizer que se amam. O mundo dá voltas e a vida é uma seqüência de desafios. Algumas feridas saram, outras não.
Quem vive no passado é museu. Quem vive no futuro não vive, sonha.
Com a pessoa certa um minuto é muito. E com a pessoa errada uma vida é pouco tempo. Sei que mesmo acompanhada ainda posso estar só.
(Amor não se exige, se dá.)
As pessoas eventualmente vão me machucar, sim, são humanas. Existe um lugar onde um ato pode mudar toda uma vida, mas que nem toda uma vida pode mudar alguns de nossos atos.
Agora, o importante pra mim, não é pra outros, não importa o quanto eu me importe. Taí o segredo: em vez de temer, MERGULHAR!
A capacidade de amar é nata, não depende de terceiros.
Aprender a cada dia, com que menos se espera, é muito mais lindo do que eu imaginava.
[Pra você, Kaio. Que me ensina tanto. todo dia ]
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Pinturas
terça-feira, 31 de março de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
RES: "Você?"
'só sei de mim, só sei de mim, só sei de mim'...
Meu fado é o de não entender quase tudo.
Prepondero a sandeu.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não cultivo conexões com o real.
Para mim, poderoso não é aquele que descobre ouro,
Poderoso para mim é aquele que descobre as insignificâncias:(do mundo e nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei muito emocionada e chorei.
Sou fraca para elogios.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Ah, a vida...
domingo, 18 de janeiro de 2009
'amadurecência'
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Feridas, marcas, lembranças.
O primeiro passo em direção à cura verdadeira é saber como verdadeiramente estamos, para poder se tratar. Mas isso não é o que as pessoas querem ouvir.